quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Religiosos sofrem de esquizofrenia




O termo esquizofrenia foi criado por E. Bleuler (1911) para designar um grupo de psicoses cuja unidade tinha sido mostrada por Kraepelin reunindo-as no capítulo “demência precoce” e distinguindo nelas três formas que se tornaram clássicas: a hebefrênica, a catatônica e a paranóide.
Bleuler pretendia por em evidência o que, para ele, constitui o sintoma fundamental das psicoses: a Spaltung (dissociação). O termo impôs-se na psiquiatria e na psicanálise, apesar das divergências de autores sobre o que garante à esquizofrenia a sua especificidade e, portanto, sobre a extensão do quadro nosográfico.
Clinicamente, a esquizofrenia se apresenta de maneiras muito distintas com as seguintes características: a incoerência do pensamento, da ação e da afetividade, o afastamento da realidade com um dobrar-se sobre si mesmo e predominância de uma vida interior entregue às produções fantasmáticas (autismo), uma atividade delirante mais ou menos acentuada e sempre mal sistematizada.
O caráter crônico da doença, que evolui segundo os mais diversos ritmos no sentido de uma deteriorização intelectual e afetiva e resulta, muitas vezes, em estados demenciais. A demência constitui para o psiquiatra um traço determinante para o diagnóstico da esquizofrenia.
Embora Freud tenha fornecido muitas indicações sobre a esquizofrenia, outras indicações sobre o funcionamento do pensamento e da linguagem, pode-se dizer que a tarefa de definir a estrutura dessa afecção continua a pertencer aos seus sucessores.

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