sábado, 22 de setembro de 2012

é revelado mais de 620 casos de pedofilia cometido por padres




O arcebispo de Melbourne, Denis Hart, disse que os números são "horrendos e vergonhosos". Os dados foram divulgados na sequência de uma investigação do parlamento regional a casos de abuso sexual cometidos por sacerdotes das várias igrejas, mas os activistas que têm exposto os crimes dizem que o número de vítimas pode ser superior aos dez mil só neste estado, agora multiplique esses números pelo número de estados e países restantes no mundo e chegaremos a um número perturbador, é terrível imaginar o sofrimento dessas crianças sendo estupradas por padres.

Os documentos entregues à comissão de inquérito parlamentar pela Igreja Católica australiana referem que os 620 casos ocorreram há muito tempo, a maior parte deles entre anos 1960 e 1980.

Em comunicado, o arcebispo disse que o importante agora é saber-se o que aconteceu em Victoria e noutros locais. "Encaramos este inquérito como uma forma de cura para os que foram abusados, de examinar a forma como a igreja respondeu [aos crimes] em especial nos últimos 16 anos e de recomendar medidas preventivas que já estão a ser implementadas", disse o arcebispo. "Estamos abertos a olhar para estes abusos horríveis que aconteceram em Victoria e noutras zonas. É um trauma e uma vergonha que estes abusos, que tiveram ium impacte dramático nas vítimas e nas suas famílias, tenham sido cometidos por sacerdotes católicos, religiosos e funcionários paroquiais", prosseguiu Hart. Revelou que a sua igreja está ainda a investigar 45 casos.

Na visita que fez à Austrália em Julho de 2008, o papa Bento XVI encontrou-se com algumas destas vítimas e pediu publicamente desculpa. Há vários meses que o caso de abusos sexuais por padres católicos domina a actualidade da Austrália, país que se junta a outros países já envolvidos neste tipod e escândalo: Irlanda, Holanda, Alemanha e Estados Unidos. Em 2010 Bento XVI ordenou que estes casos fossem tratados com "tolerância zero".

O resultado final do inquérito iniciado no mês de Abril será divulgado em 2013.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O Mundo vê fúria de religiosos por causa de um filme.

A fúria sobre um filme que insulta o profeta Maomé se espalhou pelo Oriente Médio nesta sexta-feira, com manifestantes atacando embaixadas dos EUA e queimando bandeiras norte-americanas, enquanto a segurança foi reforçada.



A produção feita na Califórnia tinha provocado um ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, que matou o embaixador e outros três norte-americanos na terça-feira, aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001 da Al-Qaeda contra os Estados Unidos.

Em Túnis, ao menos três pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas por tiros da polícia perto da embaixada dos EUA, e um repórter da Reuters disse que um grande incêndio foi iniciado dentro do prédio. Manifestantes haviam, mais cedo, pulado o muro da embaixada.

Testemunhas disseram que a polícia sudanesa disparou gás lacrimogêneo contra milhares de manifestantes para impedi-los de se aproximar da embaixada dos EUA nos arredores de Cartum, mas alguns pularam o muro. Um repórter da Reuters ouviu tiros no local.

A onda de indignação e fúria contra o filme, que é visto como humilhação ao profeta Maomé, coincidiu com a chegada do papa Bento XVI ao Líbano para uma visita de três dias.

Os protestos apresentam ao presidente dos EUA, Barack Obama, uma nova crise de política externa menos de dois meses antes de buscar a reeleição e testa as relações de Washington com os governos democráticos que ajudou a chegar ao poder em todo o mundo árabe.

Também foi revelado que a Líbia fechou o espaço aéreo do aeroporto de Bengazhi temporariamente devido a disparos por islâmicos contra aviões de reconhecimento norte-americanos não-tripulados que sobrevoavam a cidade, após Obama ter prometido levar os responsáveis pela morte do embaixador à justiça. Protestos contra o filme também ocorreram no Oriente Médio, África e Ásia.

Outros protestos
A polícia da capital sudanesa usou gás lacrimogêneo para tentar dispersar os 5 mil manifestantes que tinham rodeado a embaixada alemã e a embaixada britânica próxima dali. Uma testemunha da Reuters disse que a polícia ficou de prontidão enquanto uma multidão forçava seu caminho até a embaixada alemã.

Os manifestantes hastearam uma bandeira islâmica com os dizeres "Não há outro Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta". Eles quebraram janelas, móveis e câmeras no prédio e, em seguida, começaram um incêndio.

Os funcionários da embaixada da Alemanha estavam seguros "no momento", disse o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, em Berlim. Ele também disse ao enviado de Cartum a Berlim que o Sudão deve proteger as missões diplomáticas em seu solo.

O Ministério de Relações Exteriore do Sudão criticou a Alemanha por ter permitido um protesto no mês passado de ativistas de direita que exibiam caricaturas do profeta Maomé e pela chanceler, Angela Merkel, ter concedido um prêmio em 2010 a um cartunista dinamarquês que retratou o profeta em 2005, o que deu início a uma série de manifestações no mundo islâmico.

Manifestantes entraram em confronto com a polícia perto da embaixada dos EUA no Cairo antes de uma manifestação nacional convocada pela Irmandade Muçulmana, que levou o presidente islâmico do Egito, Mohamed Mursi, ao poder.

Bandeiras dos EUA incendiadas
Uma fonte de segurança libanesa disse que um homem foi morto em Trípoli quando os manifestantes tentavam invadir um prédio do governo. Mais cedo, um restaurante de fast food norte-americano foi incendiado. Doze membros das forças de segurança foram feridos por pedras jogadas pelos manifestantes, disse a fonte.

Os manifestantes também entraram em confronto com a polícia no Iêmen, onde uma pessoa morreu e 15 ficaram feridas na quinta-feira, quando a embaixada dos EUA foi atacada. Na Nigéria, o governo colocou a polícia em alerta e reforçou a segurança em torno das embaixadas estrangeiras.

Manifestantes no Afeganistão incendiaram uma efígie de Obama e queimaram uma bandeira dos EUA após as orações desta sexta-feira na província oriental de Nangarhar. Dirigindo sua raiva ao pastor norte-americano que apoiou o filme, os líderes tribais na província também concordaram em colocar uma recompensa de US$ 100 mil pela cabeça dele.

Cerca de 10 mil pessoas realizaram um protesto barulhento na capital de Bangladesh. Eles queimaram bandeiras dos Estados Unidos, gritaram slogans anti-EUA e exigiram punição para os infratores, mas foram impedidos de marchar para a embaixada dos EUA. Não houve violência.